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Criado por dois paulistas, Ninjin é um jogo surpreendente para iOS



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Simples, desafiador e deliciosamente divertido, jogo de ação renega modelos de monetização abusivos para preservar o espírito tradicional dos videogames.

O que era para ser um teste, uma espécie de exercício para os primos Luiz Rodrigo Zangelmi , 23, e Henrique Lorenzi , 18, acabou se tornando um jogo completo, desenvolvido ao longo de um ano pela a dupla. Ninjin, lançado gratuitamente na AppStore , para iOS, nesta sexta-feira (17), e custando módicos US$ 0,99 a partir da segunda fase, é o primeiro jogo comercial da Pocket Trap , selo criado pelos dois jovens de Piracicaba, interior de São Paulo, o que só o torna ainda mais surpreendente.

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Ninjin segue algumas convenções dos jogos mobile free-to-play, mas nunca se rende à elas - principalmente no que diz respeito à modelos de monetização. Diferenciando-se dos inúmeros clones que infestam a AppStore, Ninjin mescla as ideias de runners automáticos, como Bit.Trip Runner e Jetpack Joyride , com títulos do tipo hack'n'slash clássicos, como Golden Axe (há até um elemento equivalente ao famoso gnominho que derrubava livros de magia quando era atingido) mas com uma temática oriental. No jogo você é Ninjin, um coelho ninja que deve recuperar as cenouras roubadas de sua vila, em um mundo cartoon pixelado inspirado no Japão feudal, seguindo uma estética visual que consegue ser minimalista e adorável.

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A ação é frenética: embora Ninjin corra automaticamente, você tem controle direto sobre seus movimentos no cenário. Equipado com uma espada e shurikens (aquelas estrelinhas ninja), você enfrenta contínuas ondas de inimigos dos mais diversos tipos em alta velocidade, enquanto eles realizam formações de ataque.

Embora a ideia central de Ninjin seja simples, é um jogo que se desdobra aos poucos, revelando uma gameplay profunda e, acima de tudo, divertida e extremamente desafiadora. Renegando os modelos abusivos dos jogos free-to-play, Zangelmi e Lorenzi optaram por uma estrutura clássica de um jogo hardcore , com fases, itens e modos destraváveis e chefes, paralelamente a uma estrutura de objetivos, similar ao de Jetpack Joyride e tantos outros runners por aí.

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Há um dinamismo precioso em Ninjin: inimigos se comportam de maneira imprevisível e, somados aos diferentes tipos de ataques e à enorme variedade de armas, cada qual com atributos e efeitos especiais próprios, dão origem à partidas únicas, que constantemente surpreendem o jogador por suas possibilidades inesperadas. De shurikens que ricocheteiam entre inimigos à capacidade de eletrocutar exércitos inteiros com um único golpe de uma espada elétrica (deixando o choque se espalhar a cada contato entre eles), você está sempre descobrindo maneiras de aniquilar seus oponentes, causar maiores combos e realizar reações em cadeia - muitas vezes, acidentalmente.

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Há dezenas de itens para comprar com as cenouras que pipocam dos inimigos para todos os lados durante as partidas, e ao contrário do que se espera de um jogo mobile free-to-play, Zangelmi jamais quis incluir a possibilidade de comprar cenouras extras com dinheiro real, a fim de não "estragar" a experiência. "Achamos que é injusto pagar para 'ser bom'", explica. "O jogador precisa evoluir junto com o personagem, e não pegando atalhos, pagando com dinheiro real para comprar os melhores itens." E mesmo que a opção estivesse disponível, Ninjin continuaria sendo um jogo desafiador.

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Além dos itens de atualização, que melhoram o personagem, a grande diversidade de armas, cada qual com suas características, acabam moldando o comportamento do jogador durante as partidas, dando origem a diferentes abordagens. Testar essas possibilidades e, durante o processo, descobrir maneiras inusitadas e inesperadas de jogar, é o que torna Ninjin tão divertido, engraçado e engajante.

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Ninjin é a antítese da maioria dos clones caça-níqueis disponíveis na AppStore atualmente: uma fórmula simples e original, ainda que calcada em mecânicas estabelecidas, que se recusa a se render aos modelos de monetização abusivos, a fim de preservar o espírito dos jogos tradicionais. Com Ninjin, Zangelmi e Lorenzi assumem que estão mais preocupados em produzir algo relevante dentro daquilo que amam do que em ganhar dinheiro, e em uma plataforma em que a maioria dos jogos parece oferecer mecânicas viciantes com o único propósito de arrancar dinheiro do jogador, isso é louvável.

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