Não interessa a qualidade do produto: se o vendedor não souber destacar os pontos positivos, nenhum negócio é fechado. O mesmo pode-se dizer a respeito de atendentes de telemarketing: sem um bom treinamento, a orientação para o cliente nunca será das melhores.
Como as empresas dependem de seres humanos para executar essas funções e responder as dúvidas dos clientes, os resultados acabam sendo bastante variados, com uns se dando melhor que outros na execução do trabalho. Mas a IBM quer mudar esse quadro e treinar computadores para explicar o potencial de produtos para possíveis clientes. Para isso, o supercomputador Watson - que já fez sucesso ao ganhar de 2 seres humanos em um programa de perguntas e respostas na TV inglesa - volta à cena.
Durante um evento de TI em Nova Iorque, a Vice-Presidente e CIO da IBM, Jeanette Horan, disse que a empresa quer dar passos maiores no mundo da computação inteligente. Um banco de dados gigantesco, além de um bom sistema de busca, são os responsáveis pelas respostas precisas que o Watson pode encontrar. Como o supercomputador é inteligente o suficiente para aprender novas tarefas de acordo com as respostas que são dadas, a expectativa é que ele se torne cada vez mais esperto na função que irá desenvolver. Os engenheiros afirmam que as possibilidades são várias. Outra ideia apresentada foi a integração do Watson com o Twitter - as pessoas poderiam fazer as perguntas via microblog.
Mas a grande dificuldade para transformar esses planos em realidade é o custo. Tanto o hardware quanto o software utilizados no sistema são muito caros. Para se ter uma ideia, o Watson é composto por 10 racks de servidores, tem um total de 2880 núcleos de processadores e 15 terabytes de RAM. A estimativa é que um supercomputador desses custe cerca de 35 milhões de dólares.