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Foxconn nega fazer funcionários assinarem pacto anti-suicídio



A Foxconn, que recebeu uma pressão gigantesca por grupos de consumidores e clientes, como Apple, HP, Dell e Nokia, após uma série de 17 suicídios em 2010, negou acusações de que estaria forçando os funcionários a assinar um contrato prometendo que não cometeriam suicídio. A informação, publicada pelo tablóide britânico The Daily Mail parece ser uma má interpretação de um documento de mais de um ano atrás que os funcionários assinaram, de acordo com autoridades chinesas. Mesmo após uma série de reformas, a empresa ainda teve um suicídio em 2011.


O tablóide cita um estudo do grupo Students and Scholars Against Corporate Misbehaviour (SACOM), que revelou o documento como evidência de que os funcionários eram obrigados a fazer horas extras ilegais, sofriam humilhação pública e tinham péssimas condições de trabalho.
Os incidentes relatados pela SACOM são parte de um artigo maior sobre condições de trabalho em várias outras fábricas chinesas. A Foxconn está sendo pressionada para melhorar suas condições de trabalho, reduzir horas extras, aumentar salários e melhorar a qualidade de vida de seu enorme número de funcionários, dos quais grande parte vive e trabalha em instalações gigantes da empresa que incluem infra-estrutura de entretenimento, esportes e lojas, transformando as fábricas em "cidades virtuais", povoadas por um grande número de jovens, a maior parte na casa dos 20 anos.
Em 2010, 17 funcionários da empresa se suicidaram, o que fez com que a empresa instalasse redes em torno de prédios de vários andares, como forma de impedir que as pessoas se jogassem. Em resposta, a empresa afirma que reduziu as horas extras ilegais e forçadas, ofereceu maiores salários e estabeleceu programas de aconselhamento para desencorajar o suicídio.
A tradução direta do documento citado pelo Daily Mail como evidência de que a empresa fazia os funcionários assinarem pactos anti-suicídio começa com os números de telefone de empregados e sindicados com problemas e afirma o compromisso da empresa em se adequar às leis locais quanto ao tratamento dos funcionários, horas extras e outros problemas.
A passagem possivelmente mal interpretada refere-se a uma cláusula onde os funcionários aceitam não machucar a si mesmo ou aos outros e permite a Foxconn mandar empregados que causarem problemas a instituições de tratamento mental. Há ainda uma cláusula que atesta que os funcionários concordam que em caso de lesões "não acidentais", como tentativas de suicídio e automutilação, tanto a vítima quanto a sua família não podem pedir indenizações fora do que prevê a lei local, no que parece uma tentativa de limitar a responsabilidade legal da Foxconn.
Críticos acusam a empresa de, tendo o poder de julgar arbitrariamente se um empregado é mentalmente doente, pode usar isto para "esconder" funcionários suicidas, removendo-os das fábricas antes que eles se matem. No único suicídio de 2011, a funcionária Wang Ling tirou sua vida logo após ser mandada para um hospital psiquiátrico pela empresa e já não era, portanto, empregada da Foxconn quando morreu.
O relato da SACOM, que é baseado em entrevistas com 120 funcionários, diz que a os trabalhadores geralmente trabalham - seja voluntariamente ou por coerção - de 50 a 100 horas adicionais em relação às 173 horas regulamentares de trabalho mensal. Há preocupações ainda de que os funcionários muitas vezes não são pagos pelas horas que trabalham, ou são punidos por pequenas falhas de formas humilhantes. A empresa negou ambas as acusações e diz que segue a legislação que limita horas extras a 60 por mês.

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