A fabricante asiática Foxconn e suas clientes, Apple, HP e Dell, falharam na tentativa de melhorar os padrões de trabalho para seus funcionários, de acordo com um grupo de ativistas de Hong Kong.
O grupo Students & Scholars Against Corporate Misbehaviour (SACOM) afirma que, apesar das clientes terem prometido trabalhar com a Foxconn para melhorar os padrões de trabalho para torná-los aceitáveis, muitos dos problemas persistem. A Foxconn ainda está supostamente a mentir sobre salários, benefícios e até local de trabalho. OS salários também são frequentemente mal calculados e pessoas ainda estão trabalhando por várias horas extras sem serem remuneradas, com casos de até 100 horas por mês. As horas extras deviam ter sido reduzidas a no máximo 36 mensais.
Há indícios de que os trabalhadores exercem suas funções sem as precauções adequadas de segurança e não são informados sobre os perigos dos químicos aos quais se expõem. Internos são tratados como trabalhadores de período integral e frequentemente têm de fazer turnos noturnos.
A SACOM ainda comenta que é difícil para os empregados falarem sobre estes casos, apesar de haver uma linha direta para reclamações do gênero. A Foxconn é conhecida por usar técnicas "militares" de gerenciamento, especialmente no treinamento de novos funcionários.
A Apple é acusada de ter uma responsabilidade especial sobre o caso devido a suas demandas de produção. Apesar da maior parte dos produtos da empresa ser montada nas fábricas da Foxconn de Shenzen, que também produz para HP, Nokia, Dell e outros, a fábrica de Chengdu, onde trabalham 100 mil funcionários, é inteiramente dedicada à produção de iPads.