SÃO PAULO – A NVIDIA finaliza o desenvolvimento de uma GPU que servirá para processar trabalhos científicos de grande porte.
Batizada de Fermi, a GPU tem três bilhões de transitores e 512 núcleos de processamento. O produto, é claro, deixará as imagens dos games mais realistas e bonitas do que as atuais placas top do momento. Contudo, ela será capaz de rodar complexas aplicações que, geralmente, estão relegadas aos supercomputadores e aos grids.
Numa conferência, Jen-Hsun Huang, o CEO da NVIDIA, explicou que a tecnologia embarcada no novo processador é o trabalho mais difícil elaborado pelos engenheiros da empresa até o momento. De acordo com Huang, o Fermi é dono de uma arquitetura que processa com rapidez as variáveis aritméticas de precisão dupla. Ou seja, a GPU é muito eficiente para rodar aplicações cientificas de química e física quântica e álgebra linear.
O Fermi tem outra inovação: processará aplicações construídas com a linguagem C, Nexus e Fortran. Os desenvolvedores, portanto, poderão usar o Fermi para executar algumas aplicações na GPU, ao invés de usar a CPU do computador. Com isso, os desenvolvedores de games poderão aumentar a construção de jogos mais interativos e caóticos.
O Fermi ainda não tem data de lançamento. Contudo, ele deve ser lançado em breve, como placa gráfica top de linha da NVIDIA. Segundo analistas, a empresa não deve demorar para lançá-lo porque a ATI já colocou no mercado, neste mês, uma GPU com 2,15 bilhões de transistores e alto poder de processamento. Além disso, Huang disse nessa semana, num evento em São Francisco, nos Estados Unidos: "ninguém gosta quando a concorrência tem um produto e nós não".
A placa recebeu o nome de Fermi em uma clara homenagem ao físico italiano Henrico Fermi, cientista que desenvolveu o primeiro reator nuclear do mundo e com vasta contribuição em pesquisas na área de física quântica e mecânica estatística. O nome, no entanto, deverá desaparecer assim que placa for lançada, com o nome de Nvidia GT380.