O
Office of Fair Trading, uma órgão do governo no
Reino Unido que regula o comércio local, está investigando o modelo de jogos "
free to play" (gratuitos para jogar) para determinar se eles violam ou não a lei.
Os jogos neste modelo, oferecidos gratuitamente mas com boa parte de seus recursos atrelados a pagamentos em moeda real, têm sido cada vez mais comuns e criticados pela agressividade com que oferecem seus conteúdos pagos. E não são raros hoje os casos de pais que descobrem que seus filhos gastaram grandes volumes de dinheiro em títulos que pareciam ser gratuitos.
"A
OFT escreveu para empresas que oferecem jogos gratuitos na internet ou baseados em
app pedindo informações sobre o marketing para crianças dentro do jogo", disse um porta-voz ao site
CVG.
"Estamos preocupados que crianças e seus pais possam ser sujeitos a pressão injusta para comprar quando estão jogando títulos que eles pensavam ser gratuitos, mas que podem na verdade ter custos substanciais", comentou o diretor da
OFT,
Cavendish Elithorn.
A investigação da
OFT retende determinar se os jogos "
free to play" são injustos com o consumidor e incluem "extorsões diretas" a crianças, o que significa ter "um estímulo forte para realizar uma compra ou para fazer algo que necessita realizar uma compra, ou persuade os pais ou outros adultos a fazer uma compra por elas".
A
OFT diz que não pretende banir os jogos neste modelo no Reino Unido, mas apenas adequá-los à regulamentação atual para que crianças sejam protegidas.
Recentemente o jogo
Real Racing 3, da
EA, foi criticado pela forma agressiva usada para forçar os jogadores a comprarem itens atrelados a dinheiro real. A
EA defendeu o modelo de negócios do jogo dizendo que quem reclama é uma minoria barulhenta e o mercado falou a favor do jogo ao fazê-lo um dos mais baixados de março na
App Store.
A editora também pretende tornar os itens pagos características comuns até nos jogos pagos, como ocorreu com
Dead Space 3.