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Em entrevista à Forbes, dirigente da ASUS conta como foram os meses de planejamento do Nexus 7



Benjamin Yeh em outubro de 2011, durante o lançamento do primeiro Zenbook

Como todos que acompanham as notícias de tecnologia já sabem, a ASUS está lançando um certo produto, com tela de 7", com potencial para mudar o mercado de tablets: o Google Nexus 7.

Este aparelho fabricado pela ASUS, o primeiro tablet a levar a marca Nexus em seu nome, foi uma surpresa para jornalistas e desenvolvedores do ramo por ter sido anunciado em tão pouco tempo. Aquele anúncio na conferência Google I/O foi, na verdade, o resultado de um trabalho intenso de apenas quatro meses. Em uma entrevista cedida à revista Forbes, o diretor de vendas da ASUS para os mercados do Reino Unido e norte da Europa, Benjamin Yeh, revelou alguns detalhes sobre como a empresa conseguiu cumprir o desafio de levar a Google ao mercado de tablets em tão pouco tempo.

Oferecendo o processasdor quad-core Nvidia Tegra 3, a versão mais recente do sistema Android, o Jelly Bean, e a um custo baixíssimo, o Nexus 7 é, nos termos da própria revista Forbes, "quase barato demais para não ser comprado" e "um produto potencialmente transformador". O executivo conta como isso foi feito:
"Nossos executivos encontraram-se com os da Google na CES para conversar sobre oportunidades e como eles enxergavam o mercado no futuro. Foi assim que nós chegamos à ideia do Google Nexus 7. Isso foi em janeiro, e produção em massa começou em maio.

Foram quatro meses. Para um aparelho para um mercado de massa, do conceito até a produção, geralmente leva-se de seis a doze meses. E seis meses é bem apertado...

Imediatamente levamos uma equipe completa de design para Mountain View para trabalhar com a Google. Eles também mandaram sete engenheiros para trabalhar no projeto com a ASUS. E havia nossos parceiros na cadeia de produção, de componentes-chave e assim por diante. Não eram apenas a Asus e a Google que estavam animados, nossos fornecedores também estavam! Todo mundo queria fazer parte jogo."
A Google queria três coisas: rapidez, preço baixo e qualidade. Pelo senso comum, imagina-se que só é possível conseguir duas dessas características. As soluções adotadas pela ASUS tiveram que ser pouco convencionais.
"O aparelho deveria ser fino e leve, com peso abaixo de 340 gramas. Para conseguir leveza, geralmente a CPU seria pequena. Mas para conseguir reprodução de mídia em alta definição, o processador precisa ser poderoso, e uma CPU forte em um espaço pequeno é algo difícil de se conseguir. Além disso há a tela, você quer que ela seja resistente e que também seja multitoque.

Então para o módulo de LCD nós usamos um design especial, que nós batizamos de Asus TruVivid. Na verdade, são duas tecnologias juntas. A primeira é uma solução que usa apenas uma camada de vidro, e a segunda é sua laminação."
Segundo Yeh, a laminação completa conseguiu aumentar a transparência óptica do vidro, de 86% para 94%. Além disso, a espessura total do módulo de LCD foi reduzida em 42%.

O vidro usado em telas de LCD é relativamente espesso e pesado mas, de acordo com o executivo da ASUS, este não é o único principal elemento que torna o aparelho pesado. A maior parte da massa de um tablet está concentrada na bateria, que também ocupa boa parte do espaço interior.
"Obviamente, nós poderíamos fazer uma bateria dez vezes maior que durasse dez vezes mais, mais isso não serve. Se podemos fazê-la ficar maior, como deixá-la mais eficiente?

Bom, um aparelho eletrônico depende da eletricidade que se move entre capacitores - para o circuito integrado, para a CPU, pela memória... Na placa do circuito, em cada pequeno ponto existe uma chance de vazamento elétrico. Então nós temos um time de engenheiros que passou um mês apenas checando cada desses pontos na placa, e a voltagem em cada um dos pontos e em cada componente.

Do ponto de vista do software, tentamos pensar no usuário. Quando alguém está assistindo um vídeo em alta definição, a CPU deve trabalhar bastante. Mas o Wi-Fi não precisa checar a conexão a cada segundo, pois é improvável que você esteja navegando na internet ao mesmo tempo. Então nós podemos baixar a checagem do Wi-Fi para cada 3 segundos, 5 segundos, e então 10 segundos. E quando estiver usando a internet, você precisará dos quatro núcleos do processador.

E o Nvidia Tegra 3 é um quad-core, mas na verdade tem um quinto núcleo - um "reserva" que assume em períodos de baixa demanda no processamento. Com quatro núcleos trabalhando, o aparelho deve trabalhar mais ou menos três vezes mais rápido que um dual-core de 1.5GHz, mas o desperdício de energia seria muito maior. Fazer com que o núcleo reserva assuma o processamento é uma utilidade essencial para aumentar o tempo de bateria"

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