Gears of War é um dos principais exclusivos do Xbox 360 e, sem dúvida, um dos maiores jogos de ação da atualidade.
A grande guerra entre os soldados do COG e os Locust já se expande por três jogos e o quarto, um prelúdio, deve chegar às lojas no ano que vem.
Cliff Blezinski, o criador da franquia, não esconde de ninguém que Resident Evil 4 foi sua grande influência na hora de conceber Gears of War. Apesar de ter suas ressalvas em relação ao uso do terror em RE6, o designer se mostrou um fã da série da Capcom e, inclusive, deu pitacos sobre como a continuaria se estivesse no comando.
Essa via, porém, tem duas mãos. Ao mesmo tempo em que o quarto game da série foi importante para Blezinski na criação de Gears of War, o game da Epic também serviu como grande inspiração para a Capcom durante a produção de Resident Evil 5. Não apenas isso, mas o apelo do game junto ao público também foi um dos elementos fundamentais durante a produção do quinto jogo.
Sozinho nunca mais
A fórmula de Resident Evil 4 foi aproveitada por completo em sua sequência. O game, lançado originalmente em 2005 para o Nintendo GameCube, foi um sucesso absoluto de vendas e crítica devido à mudança total nos rumos da saga. O jogo também foi o responsável por dar nova vida ao gênero de ação e criar um novo estilo, que foi copiado diversas vezes.
Como em qualquer mudança de plataformas, é preciso inovar. E as novidades de Resident Evil 5 vieram não apenas com os gráficos em alta definição. Pela primeira vez na série, tínhamos um modo cooperativo e a aventura principal podia ser compartilhada por dois jogadores simultaneamente. Esse elemento é uma constante em Gears of War, que sempre coloca os jogadores em dupla contra a horda dos Locust.
Não apenas isso, mas toda a jogabilidade de Resident Evil 5 também foi criada de forma a privilegiar a cooperação. Desde enigmas até momentos em que os parceiros precisam se ajudar à distância, o quinto game da saga foi inteiramente desenvolvido para ser jogado a dois, com o computador assumindo o papel do segundo jogador caso o usuário esteja desconectado ou sozinho.
Agilidade, pero no mucho
Com dois jogadores ativos durante toda a história, veio também uma maior quantidade de inimigos e uma inteligência artificial mais apurada, frutos das capacidades maiores dos consoles da sétima geração. E assim, a Capcom viu a necessidade de tornar os controles mais ágeis.
Citando claramente a influência de Gears of War, o produtor Jun Takeuchi revelou uma nova opção de controles que continham ações bem típicas dos jogos de tiro. Apesar de ainda não ser possível andar e atirar ao mesmo tempo, Resident Evil 5 introduziu os passos laterais e os comandos de disparo de armas utilizando os botões superiores do joystick.
Além disso, momentos de tiroteio intenso foram adicionados quando os inimigos também ganharão armas de fogo e a capacidade de atirar contra Chris e Sheva. Com isso, a Capcom introduziu uma nova inovação por meio de um sistema de coberturas, que permitia ao jogador se esconder dos disparos inimigos ao mesmo tempo em que observava todo o cenário e planejava a melhor forma de agir.
A nova opção de controles acabaria se tornando pouco popular, com a maioria dos jogadores preferindo utilizar a jogabilidade já estabelecida em Resident Evil 4. O sistema de coberturas, porém, chegaria para ficar e acabaria se tornando um dos aspectos fundamentais também em RE6, mas de uma maneira bem mais apurada.
Disparos do céu
A participação de Gears of War no desenvolvimento fica clara em um ponto bem específico de Resident Evil 5. Para conter a transformação e acabar com o Uroboros Aheri, em que Excella Gionne foi transformada, Chris e Sheva utilizam um satélite para desferir fortes disparos de energia contra o monstro. O Shango Satellite Laser Device, como é chamado, é um velho conhecido dos fãs do game da Epic.
O Hammer of Dawn é uma poderosa arma criada pelos cientistas Mauris Ivo e Adam Fenix. Utilizada pela primeira vez durante a Batalha de Bonbourg, o dispositivo emite uma forte carga de energia de maneira extremamente precisa, capaz de obliterar completamente seu alvo.
Durante a invasão Locust, o equipamento acabou sendo usado como arma tática para conter os avanços dos alienígenas. O Hammer of Dawn foi usado contra as áreas ocupadas, dizimando completamente milhões de seres humanos e monstros que encontrava pelo caminho. As cidades foram transformadas em pilhas de cinzas e o planeta sofreu com um duro impacto ambiental.
Ao contrário de Resident Evil 5, a Hammer of Dawn também pode ser usada no modo multiplayer de Gears of War, mas sem os efeitos tão devastadores do modo campanha. Ainda assim, é mais uma alternativa interessante para aniquilar os inimigos nas arenas online de um dos principais jogos de tiro da sétima geração.
No mundo real
O "raio da morte" é uma visão constante na cultura pop, tendo a Estrela da Morte de Star Wars como principal expoente. A ideia de que um potente laser poderia ser usado como arma contra pessoas e, por que não, cidades inteiras, pode não estar tão longe da realidade quanto se imagina.
Rumores não confirmados indicam que a China possui uma arma a laser contra satélites, que seria usada em operações de contraespionagem. O conceito, no caso, seria o inverso da Hammer of Dawn. Da Terra, um poderoso raio seria disparado contra um dispositivo inimigo para cegá-lo ou destruir todos os seus componentes eletrônicos.
Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos abertamente desenvolve uma potente arma a laser, montada em um navio da Marinha. O FEL (Laser de Elétrons Livres, na tradução da sigla em inglês), por enquanto, só é capaz de cortar pesadas barras de aço, mas, no futuro, poderia ser usada com propósitos bélicos bem mais nefastos.