Se a Apple quis ofuscar o Galaxy Tab 10.1 ao tentar banir suas vendas na Austrália, o processo contra a Samsung acabou tendo um efeito contrário.
O vice-presidente de telecomunicações da coreana no país, Tyler McGee, afirmou ao jornal The Sydney Morning Herald que a ação judicial foi uma ótima arma publicitária ao seu favor.
O executivo se negou a falar sobre possíveis prejuízos decorrentes do atraso nas vendas – o tablet chegará às lojas australianas apenas nesta semana, um atraso de mais de quatro meses. No entanto, ele foi enfático ao reconhecer que o ataque da Apple e a subsequente cobertura da mídia ajudaram tornar o Galaxy Tab uma marca muito mais conhecida por lá do que a empresa teria conseguido com seus próprios investimentos em publicidade.
Claro, a própria Samsung aproveitou a deixa para alfinetar a Apple e, ao mesmo tempo, despertar o interesse no seu tablet. A companhia tem publicado anúncios de página inteira em jornais australianos chamando o Galaxy Tab de “o tablet que a Apple tentou parar”.
Enquanto perde na Austrália, a Apple tenta investir contra a Samsung em outros lugares. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma decisão judicial preliminar negou a proibição dos aparelhos da linha Galaxy no país, mas a gigante de Cupertino resolveu apelar da decisão. Já na Alemanha, onde o tablet foi, de fato, banido, a Samsung chegou a lançar uma versão levemente repaginada, mas a Apple também está mexendo os pauzinhos para impedir a venda do novo modelo.