Cálculos de decaimento orbital mostram que o satélite científico UARS deverá iniciar a fase nominal da reentrada no dia 23 de setembro, às 16h00 pelo horário de Brasília. Se a previsão se confirmar, o satélite de 6 toneladas iniciará a ruptura sobre o leste da Nova Zelândia, atingindo o território brasileiro 28 minutos depois.
Os cálculos foram feitos pelo Apolo11, baseado nos últimos elementos orbitais disponíveis na manhã de segunda-feira (19/set) e concordam com a data central de início da queda divulgada pelo Comando Estratégico de Operações Espaciais da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, que está monitorando a reentrada do satélite.
Mais conservadora e baseada nesses mesmos dados, a agência espacial americana, Nasa, divulgou nesta segunda-feira o boletim número 4. Nele, a agência confirma a data central para o dia 23 de setembro, mas admite que a reentrada poderá adiantar ou atrasar em 1 dia.
A tolerância da agência americana para a data de reentrada é devido à necessidade de novas avaliações sobre as condições do fluxo solar, que pode aumentar ou diminuir a densidade das altas camadas da ionosfera, retardando ou adiantando a queda do satélite.
Se o instante da reentrada calculado pelo Apolo11 se confirmar, o satélite iniciará o ponto de ruptura sobre o leste da Nova Zelândia às 16h00 pelo horário de Brasília e cruzará o sul do Pacífico Oriental durante 19 minutos entre as latitudes 30s e 60s, até tocar a borda da Patagônia Chilena, na América do Sul. Em seguida os detritos espaciais cruzarão durante 4 minutos o cone sul em direção à Argentina.
Às 16h23 os fragmentos iniciam sua jornada pelo território brasileiro, cruzando o país desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, onde finaliza a passagem às 16h33.