Quem nunca recebeu apresentações em PowerPoint com bebezinhos, pensamentos do Dalai Lama ou piadas, ao menos uma vez na vida? Ou, ainda, precisou criar uma apresentação para algum trabalho escolar? Isso incomoda tanta gente que motivou a criação de um partido político na Suíça, o Anti-PowerPoint Party.
Os responsáveis pela iniciativa acreditam que essas apresentações são entediantes e ineficientes, ressaltando, ainda, que estudantes recebem notas mais baixas se não utilizam o software e empregadores obrigam seus funcionários a também usarem a ferramenta. Levando em conta esse contexto de desmotivação, os partidários calculam que o país tem um prejuízo equivalente a US$2,5 bilhões de dólares anualmente.
A ideia, como mostra o site do Anti-PowerPoint Party, não é abolir o PowerPoint – e, além dele, qualquer software destinado à criação de apresentações digitais. Mas sim impedir a “coerção”, a obrigação de utilizar esse tipo de recurso. A sua ideologia defende a substituição por meios alternativos e tradicionais, como transparências e cartazes que, conforme o partido, têm eficiência três vezes maior em 95% dos casos.
“Essa questão será levantada na consciência de todas as pessoas que não sabem que há uma alternativa ao PowerPoint e que, com ela, você provavelmente terá um efeito e entusiasmo triplicado na audiência”, declarou à PCWorld o fundador e presidente do partido, Matthias Poehm. “Nós queremos... que os alunos em escolas não sejam punidos com uma redução da nota se não usarem o software”, defende.
Poehm criou o partido como uma forma de levantar a discussão sobre o uso de apresentações digitais no mundo inteiro. Mas suas pretensões são grandes: a expectativa é que o partido anti-PowerPoint torne-se o quarto maior do país, ultrapassando os sociais democratas, que hoje contam com cerca de 33 mil membros.