A
AMD, através de seu vice presidente sênior e executivo chefe de marketing (CMO), Nigel Dessau,
informou que a sua companhia está se retirando do grupo de empresas que apóiam o consórcio
BAPCo, responsável pelo desenvolvimento do programa de teste sintético
SYSmark.
Com o anúncio, a companhia junta-se à
NVIDIA e
VIA, no grupo de dissidentes do consócio.
De acordo com a AMD, a iniciativa deve-se ao fato da empresa não concordar com a metodologia empregada na aferição dos benchmarks do SYSmark. A companhia alega que um peso desproporcional é dado a alguns testes, como é o caso de reconhecimento óptico de caracteres e atividades de compactação de arquivos em particular.
Apesar da suíte conter 18 programas e utilizar 390 variáveis para a obtenção do score final, a AMD afirma que somente 7 programas e menos de 10% das variáveis são responsáveis pela grande maioria da pontuação final do SYSmark, beneficiando assim a sua maior concorrente, a Intel.
Outra questão, refere-se ao fato do
SYSmark 2012 focar unicamente no desempenho do processamento serial dos processadores, e virtualmente ignorar o processamento paralelo das GPUs, prejudicando assim as
APUs Fusion da AMD em favor das APUs da Intel.
Ainda no ano passado, Nigel Dessau comunicou à BAPCo sobre as suas reclamações, publicando inclusive, em um ato de transparência, um blog explicando à comunidade o porquê da companhia acreditar que o SYSmark era uma ferramenta de benchmark “furada”, no que se refere às aplicações comuns do dia a dia. Segundo a AMD, o consórcio se pronunciou de forma arbitrária, ameaçando expulsar a companhia do grupo.
Em resposta, a BAPCo lançou nota informando que a AMD aprovou 80% do desenvolvimento do SYSmark 2012, rechaçando ainda a alegação de ter ameaçado a AMD de expulsão do consórcio.
Com a saída da AMD, a companhia solicitou à BAPCo, que o seu nome e logomarca fossem retiradas de todo e qualquer material promocional do SYSmark 2012.