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Vírus bloqueia PC dizendo que usuário cometeu crime na internet



Praga russa está traduzida pra 19 idiomas.
Mensagem obriga usuário a discar número premium.

Uma praga russa que sequestra o PC e tenta convencer o usuário a discar um número premium (0900, no qual parte da tarifa é embolsada pelo dono da linha receptora da chamada) está infectando PCs no Brasil. Para atrair a atenção do usuário, a praga bloqueia o computador completamente e exibe uma mensagem dizendo que um crime foi cometido. Para se livrar da investigação policial, é preciso discar para o número informado e digitar o código fornecido pela chamada.

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Tudo é falso – o que não quer dizer que a mensagem não assuste. O estudante Bráulio Misael Gomes, de 22 anos, foi infectado pelo vírus depois de desativar o antivírus devido a problemas com lentidão no PC. “Quando li as primeiras linhas fiquei surpreso mesmo. Pensei que tinha feito algo realmente fora da lei, afinal, a cada hora inventam uma lei nova e derrubam, então nunca se sabe”, conta o estudante.

No entanto, os erros de português e outros detalhes da mensagem deixaram claro que se tratava de um golpe. O sistema estava impossível de usar – nem a área de trabalho, nem o gerenciador de tarefas estavam acessíveis. Mas o computador iniciou normalmente no Modo Seguro do Windows, o que permitiu a restauração do sistema e o uso do antivírus. “Aí, tudo se resolveu”, relata Gomes.

A praga é conhecida dos fabricantes antivírus, que a detectam com uma variedade de nomes. É muito comum na Rússia, onde ganhou popularidade também nos celulares. Aliás, algumas das pragas exigem o envio de um SMS premium para desbloquear o computador – a resposta chega também por SMS, e o usuário pode digitar o código no computador para livrar-se da praga.

O diferencial da nova praga está na sua capacidade de usar uma grande quantidade de idiomas, inclusive o Português Brasileiro. Vírus desse tipo são conhecidos pela categoria de “ransomware” ou “software sequestrador”. Os mais agressivos criptografam os arquivos da vítima e exigem o pagamento do “resgate” para ter a chave que pode abri-los novamente.

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