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Impressionante Unreal Engine 3 da próxima geração





Desde quarta-feira (2), a Epic Games está apresentando, em seu estande na GDC, uma versão aprimorada da Unreal Engine 3, que apesar do codinome Samaritan já foi chamada de “Unreal 3.975″ – um salto de tecnologia que, segundo a empresa, é maior do que o que separa as versões 2 e 3 da Unreal Engine.

O Arena participou de uma demonstração a portas fechadas da nova engine – que nada mais é do que uma estrutura de programação e bibliotecas que serve como base para o desenvolvimento de games, reunindo, por exemplo, motores gráficos e de física, inteligência artificial, suporte a animações, gerência de memória e arquivos e outras funcionalidades.

Mike Capps e Mark Rein – presidente e vice-presidente da empresa – estavam presentes na pequena sala ocupada por jornalistas ansiosos pela demonstração. Foram direto para a demo técnica, deixando o papo pra depois. O que vimos não foi nada menos do que impressionante.



Coisa de cinema

A sequência de animação, que parecia computação gráfica altamente renderizada, começou mostrando becos escuros e sujos de uma cidade com ar futurístico, enquanto uma chuva torrencial encharca paredes e calçadas, que refletem as placas de neóns e faróis dos carros – o clima lembrava
Blade Runner.

Um sujeito mal-encarado de sobretudo tenta arrombar uma porta trancada com correntes de metal usando apenas um maçarico – o qual ele usava para acender seu cigarro, que ilumina detalhadamente seu rosto enquanto uma fumaça realista, com movimentos sutis e orgânicos, alcança seu queixo.


Poucos segundos depois, o homem pula de um prédio sobre soldados equipados com armaduras metálicas. Sua pele se transforma gradativamente para uma superfície rochosa. A cena é cheia de ação e efeitos visuais, como faíscas e borrões de velocidade – coisa de cinema.

Após derrotar todos com sua superforça, o sujeito acende mais um cigarro, sem notar que um robô gigantesco se aproximava, iluminando toda a área ao redor com um grande holofote. Sem hesitar, o homem atira seu cigarro no que parece ser o rosto do robô, assume novamente sua aparência rochosa e… a demo chega ao fim.


Darwinismo gráfico

Mas sabe o que foi mais impressionante? O “vídeo” que acabara de passar não era animação pré-renderizada, mas sim uma demonstração de engine jogável, com gráficos renderizados em tempo real.

Para provar (juro que foi preciso para crer), Rein ativou o wireframe da sequência, uma espécie de esqueleto do visual 3D, durante alguns segundos. Em seguida, passearam com a câmera pelos cenários absurdamente detalhados da demonstração, desligaram alguns efeitos e ainda brincaram com a física do casaco sobretudo do personagem.

Os efeitos de foco dão uma sensação de profundidade incrível ao cenário. Lens flares se comportam de maneiras diferentes conforme a fonte de luz, transbordando a tela de cores. Materiais refletem objetos luminosos do cenário de acordo com a textura da superfície e a força da fonte de luz. Sombras são projetadas realista e dinamicamente, texturas de cabelos possuem cantos suavizados e coisas do tipo.

E a tecnologia ainda é capaz de gerar diversos outros efeitos de pós-produção, como borrões para velocidade, em tempo real.

 

Em relação os jogos mais bonitos existentes hoje, a demonstração apresentada pela Epic representa um grande salto, uma evolução natural da mídia. E claro, algo algo que já habita os sonhos molhados dos gamers mais hardcore há anos: um futuro sem bordas serrilhadas ou pontudas, texturas borradas e um aspecto final muito mais natural, orgânico e super realista.

E assim, como se já fosse esperado – mas nem por isso menos surpreendente – a barreira entre CG e videogames havia sido quebrada diante de nossos olhos. Finalmente seria possível jogar uma sequência de computação gráfica, daquelas hollywoodianas.

Desenvolvimento horizontal

Segundo Mark Rein, para desenvolver uma engine dessas, a Epic precisa pensar à frente de nosso tempo e tentar prever como serão os hardwares da próxima geração de consoles. A empresa acredita que a engine reflete o visual dos games que estaremos jogando em nossos PlayStation 4 e Xbox 3 – ou 720? – em alguns anos.

No entanto, Rein orgulha-se em dizer que a tecnologia está aberta para todas as plataformas (com exceção da Nintendo, cujos consoles nunca suportaram a engine), citando o recém-anunciado iPad 2. “Se a próxima geração de consoles não puder rodar isso, bem, a Apple acaba de aumentar a potência gráfica do iPad em nove vezes hoje”, brincou.

A ideia de Rein é promover uma expansão horizontal, oferecendo suporte da Unreal Engine a celulares, consoles ou mesmo para a indústria do cinema e da TV. “A engine agora abrange desde o iPhone 3GS até a próxima geração de hardware,” disse o VP da Epic. “Isso significa que você poderia teoricamente criar um game capaz de rodar em cada um desses dispositivos.”

Rein ainda confirmou que a demonstração estava rodando em um sistema com três placas de vídeo Nvidia GTX 580 – tecnologia já existente no mercado de computadores, ou seja, nada de outro mundo.


Muito além de Gears of War

Sobre a atual abrangência da Unreal Engine, os chefões da Epic aproveitaram para surpreender o público que assistia à palestra, com a revelação de que até mesmo a série infantil Lazy Town (aquela da menina da peruca cor de rosa) usa a tecnologia desenvolvida pela empresa.

Rein também aproveitou o momento para apresentar o primeiro game infantil desenvolvido na engine para iPhone e iPad: Chicken Coup, um jogo de ação bastante colorido baseado na tela de toque, em que você deve guiar os animais de uma fazenda para os lugares corretos. Quem diria?

 Video:

Durante uma apresentação de portas fechadas na Games Developers Conference a Epic Games mostrou uma demo tecnológica daquilo que é a sua visão da próxima geração de consoles.
O motor desta demo tecnológica não é o Unreal Engine 4, mas uma versão muito final do Unreal Engine.
Unreal Engine.

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