Nós queremos jogos mais baratos, por isso importamos os games lá de fora e temos aqueles tais projetos para reduzir impostos. Os alemães, por sua vez, só querem jogos sem cortes nos conteúdos violentos, e por isso importam games de outros países e têm aquele projeto por “sangue justo”.
Bom, na verdade esse projeto não existe, mas talvez a revolta do povo germanico, ao ver o que seu governo fez com Bulletstorm, faça esse movimento nascer. Boa parte do conteúdo sanguinolento (considerado como um dos grandes atrativos do jogo) teve que ser extirpada da versão local para que Bulletstorm conseguisse uma classificação USK18+, que ainda proíbe sua venda para menores de 18 anos.
O que foi embora? Coisas básicas, como o sangue. E o efeito “boneco-de-pano” dos adversários que morriam. E a carnificina, os desmembramentos… enfim, para um jogo que se orgulha de sua violência excessiva a ponto de torná-la sua principal atração e cujo slogan de propaganda é “mate com habilidade” (Kill with Skill), esses cortes no conteúdo são bem significativos. Talvez eles devessem mudar o slogan para algo como “acaricie seu gatinho com habilidade”.
Esta não é nem de longe a primeira vez que um jogo violento teve problemas com o rigoroso sistema de classificação alemão nos últimos anos: Left 4 Dead, Aliens vs Predator, Army of Two, Call of Duty: Black Ops e Medal Of Honor também foram obrigados a fazer algum tipo de mudança para que pudessem entrar no país da Oktoberfest e da BMW.
É uma pena para as pobres crianças alemãs, órfãs de seus jogos sanguinolentos favoritos. Ou não. Afinal de contas, assim como nós podemos importar jogos para pagar menos, os alemães podem importar jogos para garantir mais sangue jorrando em seus televisores. E as opções são extremamente diversas, levando em consideração que o país está cercado de coleguinhas da União Européia.
De qualquer forma, o novo jogo de tiro da Epic e da People Can Flay chegará às lojas (desmembrado ou não) em 22 de fevereiro.