A Agência Espacial Europeia (ESA), em conjunto com parceiros da companhia de arquitetura Foster + Partners, com sede em Londres, começou a estudar a viabilidade de criar uma base na superfície da Lua com peças feitas em impressoras 3D.
“A tecnologia de impressão 3D já produziu estruturas inteiras”, afirma Laurent Pambaguian, que chefia o projeto. “Nosso time industrial está investigando se isso poderia ser aplicado de maneira semelhante para construir um habitat lunar.”
A ideia da agência é a de facilitar o trabalho permitindo a fabricação dos aparatos técnicos usando materiais da própria superfície lunar com as impressoras 3D, com o apoio de robôs.
O processo está sendo testado, conforme o Techcrunch, com uma espécie de areia lunar simulada em conjunto com óxido de magnésio e um sal de ligação para ajudar na mistura da matéria-prima. Com isso, o material fica sólido como pedra. Nas impressoras 3D domésticas, usa-se plástico para fabricar as peças.
A ESA deseja construir há tempos uma base lunar, mas encontra dificuldades de realizar o plano por causa dos elevados custos do transporte dos materiais necessários para a construção de toda a estrutura. A ideia de levar impressoras 3D controladas por robôs reduziria a logística terráquea e aumentaria o aproveitamento dos recursos encontrados na Lua.
“A impressão 3D oferece meios potenciais para facilitar a ocupação lunar com uma necessidade reduzida de logística da Terra”, destaca Scott Hovland, membro da equipe de vôos tripulados da ESA. “As novas possibilidades que esse trabalho abre podem ser considerados por agências espaciais internacionais como parte do atual desenvolvimento de uma estratégia de exploração.”
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