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Capcom correndo atrás do prejuízo



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Há algumas semanas, Keiji Inafune, o chefe de desenvolvimento da Capcom, soltou algumas declarações mais que polêmicas sobre a indústria de games japonesa. De acordo com ele, o Japão está perdendo espaço, e feio, para os desenvolvedores ocidentais, por conta do próprio “jeitinho japonês”: os designers descobrem uma fórmula que funciona bem e irão investir naquilo até não poder mais. “Eu olho em volta e todos estão lançando games horríveis. O Japão está pelo menos cinco anos atrás de todo o mundo. É como se estivéssemos produzindo games para a geração anterior de consoles. A Capcom mal se mantém de pé. As ideias, a jogabilidade, o design – não há diversidade e nem originalidade. (…) Há que se trabalhar nos gráficos, na qualidade da imagem – é impossível competir sem isso.
Além do mais, de acordo com ele, os desenvolvedores japoneses teriam uma visão fechada, olham somente para o mercado do próprio país, não pensam em alcançar o globo. Com o “american way of life” sendo cultivado em todo o mundo e as diferenças culturais que existem entre orientais e ocidentais, fica difícil para o Japonês concorrer no mercado fazendo algo voltado para si mesmo.
Inafune ainda fez críticas duras a própria Capcom, com um discurso que soa parcialmente repetitivo para alguns fãs de Resident Evil…

- Você consegue fazer o que quiser na Capcom?
Gostaria de pensar que sim, mas está cada vez mais complicado. Eu não compartilho a mesma visão de negócios da companhia. Quero fazer games internacionais, mas a Capcom não leva a globalização a sério.

O fato é que após a paulada que a Capcom tomou no último ano fiscal, com direito até a um Resident Evil sendo considerado fracasso de vendas, a empresa anda tentando se reerguer e talvez, tentar caminhar da forma que Inafune sonha. E a gente já pode ver esses primeiros passos.

Em 27 de julho a Capcom pretendia reduzir pela metade o tempo de produção de suas principais franquias, e faria isso com a terceirização de alguns serviços, utilizando agências ocidentais, principalmente norte-americanos e europeus. A Capcom ainda comprou a Blue Castle games, uma empresa canadense, que está participando da produção de Dead Rising 2. Em parceria com britânica Ninja Theory, a Capcom está produzindo Devil May Cry com um Dante recauxutado. Os cabelos brancos e rosto de traços finos, praticamente retirados de um anime, foram substituídos por um cabelo castanho [de emo] e uma cara de moleque
[muito estranha]. Essa visão mais ocidental de Dante veio junto com a declaração da Capcom de que o objetivo é “criar algo novo, que mantenha os fãs de sempre e atraia novos, e com isto podemos aumentar o nosso apelo a todos, aumentar as nossas vendas e o nosso público”.

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