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Notebook do Google impressiona, mas só quando está online



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O primeiro notebook topo de linha do Google, o Chromebook Pixel, é uma máquina e tanto. Ele é leve e confortável. A tela de alta resolução dá um banho em fotos e vídeos. Sob o aspecto do hardware, é tudo o que um notebook deveria ser.

Mas o Pixel não é muito prático, pelo menos por enquanto. Ele funciona bem quando há uma conexão rápida e confiável à internet, mas perde muitas funções quanto está offline. E, como roda o novato sistema Chrome OS, a quantidade de aplicativos disponível é bem pequena quando comparada a outros sistemas.

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O Pixel foi meu companheiro em uma viagem de semanas a alguns países asiáticos, onde sabia que não haveria conexão à internet a qualquer hora. Fiquei até surpreso com a quantidade de tarefas que pude realizar, mas também frustrado ao perceber que não poderia realizar outras tarefas devido à falta de conexão.

E essa frustração sai cara. Nos Estados Unidos, o Pixel custa a partir de US$ 1.299 (cerca de R$ 2.600), US$ 200 a menos do que um Macbook com tela parecida e muito mais recursos quando offline. Uma versão mais sofisticada do Pixel, com suporte a redes 3G, custa US$ 150 a mais.

Notebook sofisticado

Tradicionalmente, os chromebooks não têm uma configuração de hardware robusta. Os modelos iniciais foram criados para ser computadores de baixo custo para usuários casuais que usam um computador basicamente para usar e-mail, navegar na web e acessar redes sociais.

O Chromebook Pixel representa uma mudança nessa estratégia. O Pixel é destinado a usuários mais experientes e que podem pagar caro por recursos mais avançados.

Por US$ 1.299, você compra uma máquina com excelente qualidade de construção e tela sensível ao toque de 13 polegadas. Essa tela é uma das melhores atualmente no mercado, com densidade de pixels de 239 pixels por polegada, acima das 227 ppp do Macbook Pro.

O modelo básico do Pixel vem com 32 GB de memória e uma entrada para cartões SD. O notebook também vem com uma assinatura grátis de três anos do Google Drive, com espaço de 1 TB para armazenamento. Em condições normais, essa assinatura custa US$ 50 por ano.

Há ainda um modelo de US$ 1.449 com suporte a rede 4G da operadora americana Verizon, mas ela funciona apenas nos Estados Unidos. Então, acabei tendo que usar o Chromebook sem uma conexão confiável à internet.

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Google Docs

Antes de deixar os EUA, configurei o Chrome para permitir acesso offline ao Google Docs, o pacote de aplicativos de escritório do Google. Com isso, é possível ver e editar documentos. As mudanças são sincronizadas com suas versões online assim que o notebook é conectado à internet.

Consegui escrever bastante quando estava offline, mas volta e meia meu texto desaparecia e era substituído por uma mensagem ao estilo "que peninha" do Google. Seria engraçadinho se não envolvesse algumas horas de meu trabalho.

Na maioria das vezes foi possível recuperar o arquivo e não perdi mais do que um parágrafo de texto. Mas ainda assim fiquei nervoso a cada erro do sistema. O Google Docs permite salvar arquivos na memória do computador em formato do Word. Mas isso só funciona quando o notebook está online.

Mesmo sem os travamentos, houve problemas. Não tive acesso ao corretor ortográfico quando estava offline. Isso não ocorre em outras aplicações de texto, como o Word, da Microsoft, ou o Pages, da Apple.

Além de documentos de texto, o Chromebooks exibe fotos, arquivos PDF e outros formatos populares de arquivos. Ele também mostra arquivos do Word e planilhas do Excel, mas eles devem ser convertidos para os formatos do Google Docs para serem editados.

Obviamente, o sistema também permite navegar na web. Tarefas comuns são feitas com tranquilidade. Mas pode haver problemas caso o site exija um plug-in que não exista para o Chrome OS. Embora eu tenha conseguido escrever esse artigo no Pixel, não pude publicá-lo, pois o sistema de publicação que uso não funciona no Chrome OS.


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Conclusão

Os chromebooks são ideais para quem tem conexão sem fio sempre à disposição e usam basicamente o navegador web. Mas essas pessoas podem muito bem escolher um modelo mais barato do que o Pixel. Um deles é o chromebook da Samsung, que custa US$ 250. Já testei esse modelo e gostei bastante dele.

Se você precisa de uma máquina tão poderosa quanto o Pixel, provavelmente também precisará de um sistema operacional mais robusto do que o Chrome OS.

Caesar Sengupta, executivo do Google, admite que quem comprar um chromebook pode precisar ligar um Mac ou PC de vez em quando. Isso me faz lembrar dos primeiros anos do Mac, quando quase todos os programas só rodavam no Windows.

Essas limitações fazem do Pixel um produto caro, já que ele não serve como seu único notebook. Por esse preço, prefiro gastar US$ 200 a mais em um Macbook com tela similar e quatro vezes mais espaço de armazenamento. O Macbook não tem tela sensível ao toque, mas, francamente, não usei esse recurso nenhuma vez em minhas três semanas com o Pixel.

Por outro lado, Sengupta me disse que o objetivo principal do Google não é vender milhares de Pixels. A empresa criou esse notebook basicamente para mostrar as possibilidades do Chrome OS e a visão do Google para o futuro dos computadores. Sob esse aspecto, o Google acertou. O Pixel é uma máquina ótima, desde que você esteja online.

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